Destaque da semana

Muito "tum-e-tum", "rápido-rápido-lento", "vai-e-volta", "atrás-à frente-1-2-3"...
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terça-feira, 1 de novembro de 2011

ND.20 - De volta, com força total!

Saudações dançantes!

Ufa! Cansei... Acabo de atualizar a Agenda Dançante!
Faltam as outras páginas. Aos pouquinhos, vou chegando lá... É o que dá ficar semanas e mais semanas sem atualizar o blog! Aliás, devo me desculpar por isso. Mas foi por uma boa causa! Para quem não sabe, recebi um convite muito especial da AJODS no final de Agosto. Desde então, tenho organizado a "pasta" da Comunicação AJODS via WEB. O resultado é que, além de movimentar as redes sociais (Facebook e Orkut) em nome da Associação, criamos o Informativo Semanal de Dança de Salão. É uma publicação gratuita, distribuída via e-mail, com o objetivo de divulgar as atividades de DS de Joinville e região. Para recebê-la, basta solicitar a inclusão de seu endereço de e-mail no mailing da Comunicação AJODS.
E, no mais, as coisas só vão. Felizmente. Mesmo com tão pouco tempo até o encerramento do ano, nossos amigos da DS mantém o fôlego e a dança continua. Esses dois últimos meses foram muito produtivos. A programação permanente está cada vez mais popular (espaço de DS no Capitão Space e Kib's Restaurante), os bailes têm seu publico fiel sempre presente e começamos a expandir nossos horizontes com programações em outras cidades como Jaraguá do Sul (Baile de Máscaras) e Curitiba (Excursões para o Forró Pé-de-serra). E para aqueles que estão aprendendo seus primeiros passos: lembra daquele ditado que diz que é a "prática que leva à perfeição"? Tenha isso sempre em mente e, além de frequentar as aulas, vá aos eventos! Passo básico também é dança. É é a base e é dança. E, mesmo que você não se arrisque a enfrentar o salão, a observação também é aprendizado.
As tardes de sábado no SESC, já tão movimentadas, têm agora mais uma aula. É o Curso Intensivo de Zouk para iniciantes, que iniciou no dia 15 de outubro e deve estender-se em um segundo módulo até o fim do ano letivo. Ainda não tive a oportunidade de assistir às aulas, mas os alunos estão adorando a experiência. E parece que vai se tornar uma espécie de tradição no SESC termos algumas aulas de Salsa no fim do ano... É muito divertido! Quem sabe um dia não chegamos a participar de uma Roda de Cassino? Sempre tem uma  acontecendo nos bailes.
Esta semana só se ouve falar do II Baile de Gala, organizado pelo Studio de Dança Dois Pra Lá Dois Pra Cá, e que acontecerá no próximo dia 04. A equipe está ensaiando muito para as apresentações desta noite especial. E não sei se ainda há convites a disposição... A última informação é que que as mesas ouro já esgotaram e que as prata estão em vias de também se esgotarem. Sinal de que o evento promete!
E, no SESC, já estamos nos movimentando nos pequenos círculos para as famosas, e mais que animadas, festas de encerramento. Um passarinho me contou que pelo menos duas datas já estão definidas. Estamos aguardando a definição das outras... Imagino que este ano a "Máfia" entre nessa roda também! E eu, como sempre muito abusada, já estou me convidando para a festa!
É um olho na agenda, outro no salão, ... e dançar, dançar, dançar!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

ND, ed.19 - Os bailes e afins


Saudações dançantes!
Vou parecer um disco riscado mas, que fazer? A agenda dançante só vai!!
Este fim de semana, mais uma edição do já tradicional baile organizado pelo pessoal do Curso de Tango. Semana passada, a primeira edição do Baile da AJODS - que promete também ser mensal. Ou seja, todo mês, no segundo e terceiro sábado, parece que a programação é garantida. Além desses eventos, durante a semana também temos outros dias e locais disponíveis para treinar nossos passos, basta conferir a Agenda. Como sabemos, só a prática leva à perfeição, então: vamos dançar, pessoal!!!
E para aqueles que ainda tem dúvidas do tipo "será que é legal?", "o que vão tocar para dançarmos?", "quem vou encontrar?"... posso tentar responder. Digo tentar, porque no fim das contas serei parcial, afinal, é minha opinião pessoal. Mesmo assim, uma coisa é certa: cada organização é única, então, sim, você vai perceber diferenças entre um evento e outro. Por exemplo: na escolha do repertório, na variedade de estilos para se dançar, por vezes até no público que comparece.
Mesmo assim, a riqueza está nas diferenças e na variedade. Então, arrisque uma vez e experimente. Por isso digo: legal sempre é. O repertório muda sempre, porque a influência do gosto pessoal é forte. Mas não pense que porque este ou aquele evento é organizado por Fulano ou Beltrano, vai ter só Zouk ou Tango... A não ser que digam claramente: "esta é uma Festa Junina, e só vai ter forró", podes ir esperando ouvir pelo menos o básico, ou seja: samba, forró, bolero e soltinho. E em um ou outro evento vais poder dançar - ou só apreciar - Zouk, Tango, Salsa (inclusive uma Roda de Cassino...), Merengue e até dança gaúcha.
Quanto ao público, você vai encontrar algumas pessoas sempre. Aficcionados por DS sempre comparecem! Uns mais, outros menos, mas estão sempre lá. E quando faltam, fazem falta... E a gente aproveita o encontro seguinte para pegar no pé do Fulano e dizer "Por onde você andava, que não foi?" "Foste embora cedo e ficaste me devendo um  samba..." :)
Então, você não corre o risco de ficar isolado em um canto. Sempre tem alguém que você conhece, seja da tua turma ou da escola onde você faz aula... Ou alguém com quem você pode conversar e assim iniciar uma bela amizade. O grupo costuma ser muito amigável e receptivo. Às vezes, paro e penso no grande círculo de pessoas que conheci neste último ano. É incrível!
E, mesmo para quem está ainda ensaiando os primeiros passos é muito importante comparecer. No mínimo, você vai ficar com uma coceira enorme de aprender! E dançar, dançar, dançar...

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Artigo - Dama boa não pensa

Dama Boa Não Pensa...
por Marco Antonio Perna

Trocadilho infame, tão infame que não resisti. O título correto seria “Boa Dama Não Pensa, Sente.”. Boa dama, claro, é aquela dançarina com quem todo mundo ama dançar. Pode não ser a mais bela, a mais gostosa, a mais leve ou mesmo a que parece dar show com brilho de estrela. Boa dama é aquela que mostra que realmente sua namorada ou esposa não dança nada, pois tudo o que você não conseguia dançar, com ela você dança. Não depende de você conduzir bem ou não, qualquer que seja o seu nível você vai amar dançar com ela. Ou ter medo, claro, você não pode fazer feio.
Mas, por que ela é boa dama ? Porque ela não pensa, ou parece que ela não pensa no que está dançando. Se você conduz bem vai fazer tudo que nunca imaginou sem ter nunca antes dançado com ela.
Já a dama que pensa, pensa que sabe dançar, pensa que em determinada posição de um movimento de passo vai se seguir outro movimento e já se adianta sem você conduzir. Muitas aprendem uma sequencia de passos e caso você não vá para o passo seguinte da cartilha dela, ela te olha de cara feia e nunca mais dança com você. O problema é que existem muitos professores de dança que ensinam sequencias que no fundo são coreografias. Pois, seguem ininterruptamente os movimentos e o cavalheiro não aprende condução e a dama não aprende a sentir a condução.
Uma dama dessas só vai realmente aprender a dançar após ser jogada as feras, digo ao salão de baile real, onde vai dançar com cavalheiros de várias escolas de dança diferentes e mesmo da escola da vida.
Mas, mesmo que aprendam, a boa dama tem na verdade um talento natural que o treinamento só aperfeiçoa. Se ela não tem talento, com muito treino, os cavalheiros vão gostar de dançar com ela, mas não vão amar.
Claro que tudo depende também do encaixe físico do casal. Uma dama alta deve dançar melhor com um cavalheiro alto e assim por diante. Obviamente toda regra tem exceção.
Outro ponto importante é a aceitação do que você é capaz. Certa vez uma dançarina com quem eu adorava dançar tudo e com quem todo mundo amava dançar me perguntou porque a Renata Peçanha era melhor dançarina que ela... Eu e o outro dançarino que estava ao meu lado tivemos que ficar calados e respondemos abobrinha, tipo: a Renata é mais alta e chama mais atenção. No que a moça respondeu: Não, a Renata tem a minha altura. Silêncio geral e nos despedimos em seguida. Na verdade com relação a ser boa dama, as duas são excepcionais. Porém a Renata tem um brilho de palco raro e nossa amiga, que era até bonita, não tinha brilho algum. Hum, difícil entender o que é brilho de palco, estrela, carisma ? Pensem no Carlinhos de Jesus e vocês entenderão.
Em outra ocasião, outra amiga com quem eu amava dançar samba de gafieira e mesmo bolero, me perguntou porque determinado professor de dança a convidava para dançar samba e parava de dançar quando começava um zouk e nunca nenhum profissional a tirava para dançar zouk. E ela afirmava estar dançando muito bem e já fazia aula de zouk tinha uns dois anos. Novamente situação difícil para uma resposta honesta. No caso ela tinha uma rigidez maravilhosa para dançar samba e mesmo no bolero essa rigidez não atrapalhava, dava certa segurança no movimento. Não confundam com dura ou pesada. Porém, essa rigidez tão benvinda no samba de gafieira não era nada confortável no zouk com todos aqueles passos supermaleáveis. Foi o que eu falei de maneira educada, mas claro, ela não acreditou. Provavelmente ela deve ter achado que ainda tinha que fazer muita aula.
Voltando ao tema condução e boa dama. Volto a afirmar que a boa dama não pensa. Ela sente a condução e faz determinado passo sem que tivesse pensado em fazer. Esse é o caso ideal. Boa dama e um cavalheiro com boa condução.
Já comentei em outros textos meus e mesmo em muitas conversas com profissionais que se um passo não for feito por uma dama conduzida por um bom cavalheiro com quem ela nunca dançou antes, esse passo não é bom e vai ser esquecido com o tempo. O tipo de passo que não passa nesse teste com certeza só é feito por alunos ou profissionais de alguma academia e com pessoas de outras academias eles tem que parar e ensinar o passo na hora. Esse tipo de passo acaba sumindo com o passar do tempo e volta quando algum professor resolve ressuscitá-lo para passar o tempo numa aula.
Lembro-me de uma ocasião dançando com uma exbolsista do Jaime Arôxa, que era casada com um DJ, que também era excelente dançarina e com quem eu adorava dançar. De repente ela me para e me diz que determinado passo eu tinha que conduzir de determinado jeito. Claro que seria muita falta de educação fazer isso em um baile, mas a gente estava numa área da academia, perto da cantina, onde todos treinavam (era a melhor parte da academia). Eu expliquei que estava meio desatento, mas que a condução que ela queria e que tinha sido ensinada não estava correta e que aquela condução na verdade era um código para ela entender que deveria fazer tal movimento e não era uma condução real. Ela até aceitou mas disse que naquele movimento só era possível assim. Como ela a partir desse momento estava pensando no passo não dava mais para fazer nada e fiquei de mostrar em baile ou noutro dia quando ela menos esperasse.
Meses ou semanas depois, dançando nosso samba, comecei a não seguir sequencia alguma para confundir bem ela e parti para aquele famigerado passo entrando de maneira diferente nele. Em determinado momento travei seu corpo com minha mão esquerda pressionando a mão direita dela contra seu corpo, e com a minha mão direita em posicão mais baixa em suas costas fiz um movimento “ondulado” para frente. E isso com ela vindo em movimento rápido e parando imediatamente. Ela não teve o que fazer senão levantar sua perna direita chutando em frente. Claro que coloquei o peso dela em sua perna esquerda. Perguntei então: sentiu vontade ou foi um “código” para fazer o movimento ? No que ela responde que sentiu.
No caso é claro que ela chutar em frente é uma coisa coreografada, mas mesmo que se esteja dançando com alguém que não conhece esse tipo de movimento, essa pessoa vai movimentar a perna para frente, mesmo que apenas um pouco com essa condução real. Já com a condução ensinada quem não conhece vai ficar parada. E na condução real ela vai ficar com a vontade e movimentar a perna. Se dama conhecer o movimento vai chutar involuntariamente e com os floreios que conhece caso tenha rapidez no pensamento após o início do movimento.
É até interessante notar que a boa dama não pensa antes de iniciar um movimento, mas aquela que faz os movimentos bonitos e coloca floreios, com certeza consegue pensar instantaneamente após o início do movimento para conseguir embeleza-lo. Talvez essa fosse uma boa resposta para a pergunta sobre como a Renata Peçanha dança. E no caso dela é possível que ela também apenas pareça que não está pensando antes do passo.

Rio de Janeiro, 06/02/2011
Postado por Marco Antonio Perna em seu blog em 12 de Março de 2011. Também publicado no jornal Falando de Dança ed.41, de março de 2011. 

Artigo - Homens que dançam

Homens que dançam!
por Fábio Gomes Paulino, in “Capezio Magazine”.

“Um homem que dança sai na frente no jogo da sedução. Um homem que dança potencializa enormemente seu charme e faz qualquer mulher suspirar.”

Com cerca de 8.200 membros, uma determinada comunidade na rede de relacionamentos Orkut se apresenta com a frase acima e convida a todos os marmanjos para que aprendam a dançar, pois, teoricamente, há um batalhão de mulheres por aí doidas para dançar com você. E, de fato, numa rápida olhada, a maioria dos membros desta comunidade são mulheres.
Homens que dançam podem se orgulhar do H maiúsculo com que se definem os verdadeiros homens na história. Dançar é coisa para quem se sente capaz de ter em seus braços uma dama e cuidar dela como realmente um cavalheiro deve fazer. Na era em que vemos muitos homens aderirem ao metrossexualismo e beirarem, muitas vezes, a uma figura andrógina, talvez a dança seja um dos componentes que podem integrar outro conceito: o Ubersexualismo, onde agora não somente os homens se preocupam com a forma, com a vaidade, mas com o conteúdo, com o que tem a oferecer. Homens fortes e seguros que se preocupam com a vaidade e saúde sem esquecer da sua inteligência.
Homens que dançam conquistaram o respeito e estão representados por figuras fortes e de posição importante, como o astro Patrick Swayze, que imortalizou sua dança cheia de emoção e sentimento no filme “Dirty Dancing”, e os toureiros, que num bailado com a capa, enfrentam a fúria e o risco do touro, sem esquecer sua vestimenta cheia de cores e brilho, que em nenhum momento minimiza a coragem e a força, mas atua em conjunto com o equilíbrio e beleza.
Mulheres tem a capacidade de ver além... Para a maioria delas não necessariamente o homem precisa ser bonito. Atributos como senso de humor, educação e pitadas de sensualidade expressadas como qualidades peculiares de cada um fazem com que muita produção e outros acessórios caiam por terra. Uma destas peculiaridades que a todas chama a atenção é saber dançar. Mulheres esperam de um homem que saiba dançar a real postura de cavalheiro, a preocupação pelo seu par, o cortejo no convite ao baile e o respeito na cumplicidade e na condução da dança.
Mulheres gostam de respeito na dança. Dança é dança. Flerte, chamego, cantada, tudo isso é válido e tem lugar: fora do salão. Dançar é uma arte e nela temos a oportunidade de apreciá-la através do experimento dela mesma.

Fábio Gomes Paulino é aluno de dança de salão e formado em Comércio Exterior e pós-graduado em Liderança e Gestão de Pessoas.
Pesquisa e Contribuição: Luisa Jordan. Digitação e revisão de texto: Bianca P. Gossen

ND, ed.18 - Agosto começou, as férias terminaram, novas oportunidades surgindo...

Saudações dançantes!
Alguém talvez se pergunte quando as notícias vão se acalmar... espero que não tão cedo!! No momento, ainda corro atrás da máquina para atualizar as notícias do mês passado. Mas, como diz a música, "o tempo não pára"...
Assim, agosto já inicia com muitas novidades nessa primeira semana. E outras, já não tão novas, esperam ser divulgadas aqui. Vamos começar por onde?
Well...

  • O Centro de Artes Calouste Gulbenkian, no Rio de Janeiro, desde o dia 4 de Julho abriga a exposição "200 anos de Dança de Salão no Brasil". O evento, que deveria se encerrar no dia 29, foi prorrogado por mais duas semanas e, entre suas atrações está o lançamento do livro de mesmo nome, organizado por Marco Antonio Perna. Clique aqui para detalhes sobre a exposição. Informações sobre o livro, inclusive sobre como adquiri-lo, encontram-se na página Dança de Salão. Outras notícias relacionadas aqui.
  • O segundo semestre começa com anúncio de novas turmas de DS em várias escolas da cidade. Oportunidade para aqueles que querem se juntar a essa trupe que, felizmente, só cresce, na chamada Capital da Dança! Confira as opções:
    • Asgar Centro de Dança: nova turma de DS nível Básico, às 4as feiras.
    • Quando: 10/08/2011, quarta-feira Horário: 19h30 às 21h Duração: 4 meses Onde: rua dos Ginásticos nº 96, centro; Joinville, SC. Conteúdo e Programa do curso: aqui
    • Colégio AZ Arte: Curso Técnico em Dança, além de curso de DS. Mais informações: (47)3025-3425 ou colegioaz@gmail.com
    • Studio de Dança Dois pra Lá Dois pra Cá: novas turmas de DS em várias opções de dias e horários. Detalhes aqui.
    • SESC: matriculas abertas permanentemente para o curso de DS e Curso Intensivo aos sábados, das 14h às 15hs.
  • Faz tempo que estou devendo a divulgação de algumas poucas fotos - mais de 100, na verdade - que nosso amigo e companheiro de aulas de dança Gabriel tirou em uma 4a feira no SESC. impossível publicar todas aqui, mas selecionei algumas. Confira na página de Fotos.
  • E, claro, tem a Agenda... Ah, a agenda... cada vez mais movimentada, graças a Deus!!! Dia 13 de Agosto tem Baile na AZ Artes promovido pela AJODS, 6a feira é dia de Boêmios e Capim Teimoso, 2a e 4a feira tem Capitão Space, e por aí vai... Fiquem de olho!!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

ND, ed.17 - Ritmos a Dois 2011, segunda parte

Saudações dançantes!!
Na edição anterior não registrei os cursos que aconteceram nas tardes do Ritmos a Dois. Seguem, portanto, algumas fotos desses momentos.

Oficina de Conscientização Corporal aplicada à DS. Prof. Thamy Maia



















Dia da Dama: Palestra sobre Make-up para Bailes de DS. Prof. Alexandre Simas.



















Workshop de Zouk nível Básico. Profs. Affonso Herbert e Juliana Crestani.



















Workshop de Samba nível Básico. Prof. Fábio Simões




















Workshop Samba de Gafieira nível Intermediário. Profs. Marcelo Leal e Micheli Silva.


















Alguns momentos dos Bailes de Abertura e Encerramento e Noites Competivivas:

Prestigiando o Baile de Abertura

Apresentação da Equipe AJODS, organizadora do evento

Os jurados do Concurso de DS: Tatiana Asinelli (Curitiba/PR), Marcelo Leal (Florianópolis/SC) e Carla Salvagni (São Paulo/SP)

Roda de Cassino em um dos intervalos entre as apresentações do Concurso.

Tatiana Asinelli, Eduardo la Luna, Thamy Maia, Sheila Santos, Fábio Simões, Carla Salvagni, Marcelo Leal e Jucimara Sequinel.

Entrega do Prêmio ao Grande Campeão no Salão: Jemerson Batista Damião e Andréia Zaida da Conceição.

Ainda em tempo, na página do Ritmos a Dois já é possível conferir algumas fotos oficiais do evento, inclusive da premiação ocorrida durante o Baile de Encerramento do dia 23 de Julho.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

ND, ed.16 - Ritmos a Dois 2011

Saudações dançantes!
Como já tinha compartilhado com vocês, entre os dias 18 e 23 de Julho aconteceu em Joinville, no salão da Sociedade Harmonia Lyra a quarta edição do Ritmos a Dois. Abrangendo desde palestas e oficinas até bailes especiais e o concurso de dança de salão embalados pelo já consagrado DJ La Luna, o evento foi organizado pela AJODS - Associação Joinvilense de Dança de Salão e contou com a participação de dançarinos de várias regiões do país. Enquanto aguardamos a divulgação das fotos e vídeos oficiais do evento, seguem abaixo algumas contribuições de amigos que também estiveram lá prestigiando esse grande encontro da Dança de Salão.

18 de Julho de 2011, a partir das 21h - Baile de Abertura do Ritmos a Dois 2011
















19 a 21 de Julho, a partir das 20h30 - Fase eliminatória do Concurso de Dança de Salão
22 de Julho, a partir das 20h30 - Etapa Final do Concurso de Dança de Salão







23 de Julho, a partir das 21h - Divulgação dos vencedores, entrega da premiação e Baile de encerramento do Ritmos a Dois 2011
























E o resultado final do Concurso ficou assim:

Categoria Salão
Grande Campeão: Jamerson Batista Damião e Andréia Zaida da Conceição (Florianópolis/SC)


Detalhe da apresentação do casal Jemerson e Andréia na categoria Palco, gênero Samba. Eles são os grandes campeões da categoria  Salão.
Forró: Bruno Franchi e Cristiane N.S. Franchi (Campinas/SP)
Samba de Gafieira: Jemerson Batista Damião e Andréia Zaida da Conceição (Florianópolis/SC)
Bolero: Jemerson Batista Damião e Andréia Zaida da Conceição (Florianópolis/SC)
Tango: Sandro Guidi Soncini e Kamila Hoffmann (Florianópolis/SC)
Salsa: Diego Maia e Bárbara Rodrigues (São Paulo/SP)
Zouk: Jemerson Batista Damião e Andréia Zaida da Conceição (Florianópolis/SC)


Categoria Palco
1º Lugar: Diego Maia e Bárbara Rodrigues (São Paulo/SP)



2º Lugar (segunda maior nota): Bruno Franchi e Cristiane N.S. Franchi (Campinas/SP)






3º Lugar (terceira maior nota): Bruno Franchi e Cristiane N.S. Franchi (Campinas/SP)




quarta-feira, 6 de julho de 2011

ND. ed.15 - O inverno chegou, e o Ritmos a Dois 2011 também bate à porta!

Saudações dançantes!
Pois é... esta já vai ser a segunda semana que o frio tem interferido na nossa programação normal. Claython deve ter estranhado nossa ausência no Capitão Space... Mas o fato é que está muuuuito frio!! Aí, não tem jeito: um desengana de um lado, outro foge do outro, e acabamos não fazendo nosso tradicional "estica"... Assim, acabamos ficando só com o "esquenta" em sala de aula...
Esperamos que as coisas melhorem nos próximos dias, afinal, a agenda não pára! E vamos àqueles que Fábio chama de "Avisos Paroquiais":

  • Na semana de 11 a 17 de Julho não teremos aula no SESC. Fábio estará em Curitiba nestes dias fazendo curso de aperfeiçoamento. Ainda não está confirmado, mas há a possibilidade de programação alternativa às aulas para que nossos passos não "enferrugem" nesse período e o famigerado bichinho do "Esqueci" não venha assombrar as primeiras aulas de depois desse recesso forçado...
  • Aliás, uma ótima opção é o Baile na Andança, que tem sido organizado pelo pessoal do Curso de Tango do Bolshoi. A próxima edição desse Baile já está agendada para o próximo dia 16 de Julho, sábado. Vale a pena conferir!
  • Na semana seguinte, de 18 a 23 de Julho, também não teremos aula pois esta é a semana do Ritmos a Dois 2011 e estamos todos convidados a prestigiar o evento. Para quem não sabe, é um evento de Dança de Salão que acontece em Joinville paralelamente ao Festival de Dança e já está em sua 4a edição. Além do Concurso de Dança de Salão, a programação inclui oficinas, workshops, palestras e bailes. A programação completa pode ser vista em http://ritmosadois.com.br/blog/.
  • Em agosto serão retomadas as aulas do Curso Intensivo de Dança de Salão no SESC. No primeiro módulo, que aconteceu entre maio e junho, o ritmo foi Forró. Para o próximo, Fábio está fazendo uma enquete com os alunos que, até então, tem sugerido Zouk ou Salsa. Vamos ver quem vence essa batalha!
E para encerrar, algumas fotos da Festa Junina da AJODS:

Aqui, temos os Noivos da Quadrilha: Kelly e Norberto. Diz-se que ele foi pego no pulo - o noivo, mesmo, não apareceu... :-) Até que ele parece animado, não é?

Pouco antes da Quadrilha: óia nóis aqui, geente!

Quer brincar de "Onde está Wally?". Não resisti: estamos escondidos - Gilson e eu -, tão pequenininhos nas próximas fotos que achei que seria divertido nos procurarem...







terça-feira, 7 de junho de 2011

ND, ed 14 - E a agenda esta "bombando"!

Saudações dançantes!
Pessoal, a agenda está "bombando"! Acabo de me dar conta de que a última edição do ND tem quase um mês... e nesse meio tempo, muitas coisas andaram acontecendo no cenário dançante de Joinville!
Ótimo, não é? Cada vez temos mais oportunidade de praticar aquilo que temos aprendido nas aulas. Vou tentar um retrospecto desse período.
Como já tínhamos divulgado na Agenda Dançante, em Maio tivemos um baile na Academia Andança. O comentário geral é de que foi muito bom. Além do esperado - o baile - o público presente pôde prestigiar algumas apresentações. A Miriam disponibilizou dois vídeos dessa noite com registro das apresentações.






E no dia 28 de Maio, um grupo de amigos se reuniu na Choperia Capim Teimoso só para me ver apagar mais uma velinha no bolo de aniversário... Foi dia de "Noite a Brasileira", com direito a espaço para dançarmos, música ao vivo com Claython, a tradicional Roda do Aniversariante e muita descontração. Pena que na correria eu tenha esquecido de levar a máquina fotográfica... Ainda assim, Luizinho garantiu pelo menos a foto do Parabéns. Muito obrigada a todos pela presença!






O Curso Intensivo de Forró para iniciantes do SESC está em andamento, indo já para a sua quinta e penúltima aula. Nos próximos dias devemos ficar sabendo que ritmo se seguirá a ele a partir do dia 25 de Junho.

E o mês de junho já está quase pelo meio... Devo confessar que deixei passar e acabei não incluindo na Agenda Dançante o evento que possivelmente vai se destacar como um dos mais badalados em toda a programação dançante deste ano. Trata-se do I Baile de Gala, ocorrido na última sexta-feira, 03 de Junho, na Sociedade Glória. Organizado e largamente divulgado pelo Studio de Dança Dois Pra Lá Dois Pra Cá, este evento pretendeu resgatar o clima dos grandes bailes dançantes dos aureos tempos, em que cada mínimo detalhe é considerado, cavalheiros e damas preparando-se para aquele momento especial de confraternização e, claro, muita dança. Dentre os poucos comentários que ouvi nesses poucos dias depois do evento, só se ouvem elogios. Registramos os parabéns à organização do evento e que este seja, realmente, apenas o primeiro de muitos outros Bailes de Gala! Em breve esperamos também poder estar divulgando fotos e vídeos desse momento.


E volto a chamar a atenção para a programação permanente da Agenda Dançante. Não são muitas, mas temos algumas opções de locais e dias na semana para praticarmos nossa dança de salão. Confiram a programação!
Aliás, tenho que registrar um momento muito especial. Na última quarta-feira, fomos depois da aula ao Capitão Space e qual não foi a minha surpresa ao encontrar outro grupo de alunos do SESC dançando por lá? Já havia algumas semanas que eu não encontrava com a turma do Básico de sábado à tarde e lá estavam eles, dando um show no salão! E já me disseram que vão conferir o espaço do Kib's também! Maravilha, pessoal! E as provas do crime, claro, estão aqui... :-)







E se vocês acham que a programação pára por aí, enganam-se! Já nesse sábado, dia 11, tem Festa de Comes e Bebes no SESC, além de Festa Mexicana promovida pelo Mangos em Pirabeiraba, no dia 25 tem Festa Junina da AJODS, sem falar na agenda de julho que já desponta com algumas datas pra lá de especiais. Confira!!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

ND, ed.13 - Os pés que dançam

Saudações dançantes!
Esta semana promete! Temos um baile agendado para o próximo sábado, dia 21 de maio, na Academia Andança, além da programação normal de aulas e "esticas"  - a semana está apenas começando!! - e uma infinidade de material para postar. 
E nossa amiga Morgana achou que ia escapar dos parabéns só porque no dia do seu aniversário resolveu faltar à aula? Que nada! Registramos aqui nossas felicitações com votos de muitas alegrias e dança! 


DANÇAR
Por Luisa Jordan
Considerada a mais antiga das artes, a dança é uma manifestação espontânea do homem, podendo ser expressada individual ou coletivamente.
Escutarmos, sentirmos, deixarmos nossa sensibilidade fluir, tomando conta do nosso corpo, dando assim espaço ao movimento é...dançarmos.
Dançar é inspiração, técnica e muito esforço. Nossos movimentos impõem cuidados que devem ser atendidos.
Os pés, os sapatos, os passos e as pisadas masculinas e femininas com conforto, equilíbrio, leveza e segurança/firmeza
Por pisada correta na dança de salão define-se saber como tirar e colocar a base do pé no chão. Existe um conjunto de músculos da perna, coxa e abdômen que são muito importantes para que os movimentos aconteçam com firmeza e, ao mesmo tempo, leveza. Isto, para o homem, é fundamental para transmitir segurança à parceira na condução.
O tônus muscular deste conjunto de músculos, além da manutenção do centro de gravidade, fará com que o dançarino tenha uma postura correta da sua coluna.
Todas as orientações sobre uso de sapatos adequados, postura e cuidados com os pés podem ser encontrados na página do Dança em Pauta.
Vale a pena ler!

A EXTENSÃO DA SALA DE AULA
Por Bianca P. Gossen
A turma da terceira aula de 2a e 4a feira já sabe: mal a aula termina, já se ouve alguém perguntando: "Vamos lá?" É a deixa para o pessoal se encontrar no Capitão Space, conversar, trocar idéias, confraternizar e, claro, praticar uns passos de samba, forró, bolero... Em uma dessas noites, Luizinho, nosso cinegrafista oficial, gravou alguns vídeos. No primeiro, temos Fábio e Carol dançando samba, e no segundo, um registro das nossas folias dançantes.



terça-feira, 10 de maio de 2011

ND, ed.12 - Os pares na Dança de Salão

Saudações dançantes!
Na última semana tivemos o Dia Internacional da Dança. Em Joinville houve programação especial, inclusive com apresentação de um Flash Mob na Via Gastronômica. Para ver os detalhes desse dia, fotos e vídeos, acesse Cidade da Dança.
E na 6a feira, 06 de maio, fomos conferir mais um novo local com possibilidade de se praticar Dança de Salão. É a "Choperia Capim Teimoso", que fica na Rua Rio do Sul, 404. Com ambiente muito agradável e aconchegante, nas 6as feiras tem música ao vivo a cargo do nosso conhecido parceiro Cleiton, presente às 2as e 4as feiras no já badalado Capitão Space. Vale conferir o novo espaço!

OS PARES NA DANÇA DE SALÃO
por Bianca P. Gossen
Você já parou para pensar que quando se fala em Dança de Salão, estamos sempre pensando em pares? E não me refiro apenas àquele par óbvio: cavalheiro e dama. Claro, este par é fundamental, pois Dança de Salão subentende o par dançante. Entretanto, se paramos para analisar, existem outros tantos pares nos rodeando - e, muitas vezes, nos assombrando, por assim dizer...
Imagine-se em uma situação assim: você está começando a frequentar as aulas de Dança de Salão e o professor larga aquela pergunta aparentemente simples, depois do aquecimento: "Gente, que ritmo é esse?" Acontece que você quase nada sabe sobre o assunto, e o primeiro par já vem assombrar sua mal começada vida de aluno de dança: a música e o ritmo que se pode dançar com ela. Depois desse, temos o par passo básico e o tempo forte da música. Quem, de vez em quando não se atrapalha em colocar o tempo forte no lugar certo do passo básico? Ainda mais, se estivermos dançando Bolero, por exemplo, que tem dois passos básicos e em cada um o tempo forte fica num lugar diferente... Ah, e qual é o tempo forte, mesmo? Temos aí mais um par: a música e seu tempo forte. E por aí vai.
Penso que o par que mais assombra a todos, damas e cavalheiros, é condução do homem e resposta da dama. E a explicação para isso é simples: estamos dançando a dois! E para que isso aconteça de forma harmoniosa, não basta - infelizmente - que cada um saiba o caminho do passo básico e das figuras de cada ritmo. É preciso que se saiba como começar o passo básico, como começar cada figura, no caso do cavalheiro. O cavalheiro aprende a conduzir a dama na dança e levá-la a executar as figuras. E à dama, cabe compreender esses comandos. "Não tem milagre, não!", como diz nosso professor. Não teria cabimento, por exemplo, o cavalheiro sair "cantando" a sequencia que deseja fazer: "Agora, eu vou sair... Presta atenção! Agora vamos fazer o giro simples... Agora, volte para o básico, depois fazemos 'aquele' passo, certo?" Já pensou a confusão? E o momento de diversão, entrosamento e harmonia que a dança proporciona onde ficariam?
E ninguém disse que era fácil. Pelo contrário. É muita coisa para se equacionar. Imagine só: primeiro, o cavalheiro reconhece na música o ritmo que vai dançar. Em seguida, localiza o tempo forte e começa o passo básico daquele ritmo colocando o tempo forte no lugar certo. Depois, busca na memória as figuras que conhece e procura encaixá-las na dança, sendo que, todo esse tempo, ele tem que indicar para a dama o que ele pretende fazer sem falar absolutamente nada! Toda a comunicação está na posição do tronco, no movimento dos braços - principalmente o braço direito dele em volta das costas da dama. Ou seja, o seu corpo, através das posições que assume, fala à dama e esta, por sua vez, estando atenta a estes sinas tem a tarefa de responder a eles de forma que a dança evolua.
Essas considerações não pretendem, absolutamente, desencorajar aqueles - cavalheiros ou damas - que estão ou querem começar a praticar a Dança de Salão. Ao contrário, a idéia é lembrar a todos daquele mais que batido ditado "a prática é que leva à perfeição". Cada um de nós, cavalheiros e damas, temos nosso lugar nesse par dançante. Somos um conjunto, uma "dupla de dois", que dança junto. E dançar junto significa comunicar-se com o outro. Invariavelmente, essa comunicação necessita de prática. É preciso treinar junto, ser compreensivo e paciente com o parceiro, auxiliar no estabelecimento desta comunicação. Quando um movimento não acontece, significa que a comunicação não está funcionando. Falta condução? Não se entende a condução? Não desista! Persista. Persevere. Pare, pense, repita o movimento. Treine. Enfim: dance! Quanto mais se dança - e não só com o mesmo parceiro(a) - mais se aperfeiçoa essa linguagem corporal fundamental na dança a dois! Então, dançar não apenas ficará bonito e bem feito. Melhor: será sempre - e principalmente - prazeroso!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

ND, ed.11 - Confraternização de 17 de abril

Saudações dançantes!
Aí estão, como prometemos, algumas fotos do encontro do risoto na Estrada Mildau, enviadas pela Luisa. O texto é dela, do e-mail com as fotos.
"Tudo foi muito bom: o local, o tempo, a companhia, as batidas, os aperitivos, o almoço, o pinhão, o vinho, o café com leite espumante e bolos, e além da dança - foi um tarde de treino de diversos passos e troca de experiências. Não sei se gastamos todas as calorias adquiridas, mas nos divertimos bastante!
Sei que existem mais fotos (Marisa e acho que Ana), enfim, não sei ao certo, pois parte do tempo dancei um puladinho com o fogão e a colher de pau...
Abraço, Luisa"

Prestem atenção na concentração nos estudos...

Penso que o Fábio ficaria orgulhoso!

Ou muito me engano,

ou estes não pararam de dançar... talvez só pra comer!

É, Luisa, o agito foi grande! pena que não tem registro da mesa farta... acho que nessa hora o fotógrafo estava muito ocupado, no tal puladinho com o fogão e a colher de pau!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

ND, ed.10 - A escolha do seu par

Saudações dançantes!
Este fim de semana foi marcado por mais uma confraternização dos nossos colegas integrantes da terceira turma de 2a e 4a feiras. Estamos aguardando a disponibilização das fotos para publicação aqui. O que já soubemos na aula de ontem é que a reunião na Estrada Mildau foi um sucesso. As cozinheiras estão de parabéns e há quem diga que uns e outros pretendem mudar-se para lá. O lugar é paradisíaco!
Também aconteceu no último sábado a excursão organizada pelo Studio de Dança Dois Pra lá Dois Pra Cá ao La Pedreira, em Florianópolis. João Pedro participou e contou que o grupo só descansou na viagem de volta. Não houve uma única alma que não tenha se rendido aos braços de Morfeu depois de tão agitada e divertida programação!
Para esta edição, selecionei um texto publicado em 27 de Outubro de 2004 na coluna "Ponto de Vista" da Revista Veja, também disponível no site do autor. E vale lembrar que todos podem contribuir com as publicações do blog. Para isso, basta consultar a página Contato.
Um grande abraço e Feliz Páscoa!


A ESCOLHA DO SEU PAR
por Stephen Kanitz.
Há trinta anos, os adolescentes encontravam o sexo oposto em bailes de salão organizados por clubes, igrejas ou pais responsáveis preocupados com o sucesso reprodutivo de seus rebentos.
Na dança de salão o homem tem uma série de obrigações, como cuidar da mulher, planejar o rumo, variar os passos, segurar com firmeza e orientar delicadamente o corpo de uma mulher. Homens levam três vezes mais tempo para aprender a dançar do que mulheres. Não que eles sejam menos inteligentes, mas porque têm muito mais funções a executar. Essa sobrecarga em cima do homem permite à mulher avaliar rapidamente a inteligência do seu par, a sua capacidade de planejamento, a sua reação em situações de stress. A mulher só precisa acompanhá-lo. Ela pode dedicar seu tempo exclusivamente à tarefa de avaliação do homem.
Uma mulher precisa de muito mais informações do que um homem para se apaixonar, e a dança permitia a ela avaliar o homem na delicadeza do trato, na firmeza da condução, no carinho do toque, no companheirismo e no significado que ele dava ao seu par. Ela podia analisar como o homem lidava com o fracasso, quando inadvertidamente dava uma pisada no seu pé. Podia ver como ele se desculpava, se é que se desculpava, ou se era do tipo que culpava os outros.
Essa convenção social de antigamente permitia ao sexo feminino avaliar numa única noite vinte rapazes entre os 500 presentes num grande baile. As mulheres faziam um verdadeiro teste psicológico, físico e social de um futuro marido e obtinham o que poucos testes psicológicos revelam. Em poucos minutos conseguiam ter uma primeira noção de inteligência, criatividade, coordenação, tato, carinho, cooperação, paciência, perseverança e liderança de um futuro par.
Infelizmente, perdemos esse costume porque se começou a considerar a dança de salão uma submissão da mulher ao poder do homem, porque era o homem quem convidava e conduzia a mulher.
Criaram o disco dancing, em que homem e mulher dançam separados, o homem não mais conduz nem sequer toca no corpo da mulher. O som é tão elevado que nem dá para conversar, os usuais 130 decibéis nem permitem algum tipo de interação entre os sexos.
Por isso, os jovens criaram o costume de "ficar", o que permite a uma garota conhecer, pelo menos, um homem por noite sem compromisso, em vez de conhecer vinte rapazes numa noite, também sem compromissos maiores.
Pior: hoje o primeiro contato de fato de um rapaz com o corpo de uma mulher é no ato sexual, e no início é um desastre. Acabam fazendo sexo mecanicamente em vez de romanticamente como a extensão natural de um tango ou bolero. Grandes dançarinos são grandes amantes, e não é por coincidência que mulheres adoram homens que realmente sabem dançar e se apaixonam facilmente por eles.
Masculinizamos as mulheres no disco dancing em vez de tornar os homens mais sensíveis, carinhosos e preocupados com o trato do corpo da mulher. Não é por acaso que aumentou a violência no mundo, especialmente a violência contra as mulheres. Não é à toa que perdemos o romantismo, o companheirismo e a cooperação entre os sexos.
Hoje, uma garota ou um rapaz tem de escolher o seu par num grupo muito restrito de pretendentes, e com pouca informação de ambas as partes, ao contrário de antigamente.
Eu não acredito que homens virem monstros e mulheres virem megeras depois de casados. As pessoas mudam muito pouco ao longo da vida, na realidade elas continuam a ser o que eram antes de se casar. Você é que não percebeu, ou não soube avaliar, porque perdemos os mecanismos de antigamente de seleção a partir de um grupo enorme de possíveis candidatos.
Fico feliz ao notar a volta da dança de salão, dos cursos de forró, tango e bolero, em que novamente os dois sexos dançam juntos, colados e em harmonia. Entre o olhar interessado e o "ficar" descompromissado, eliminamos infelizmente uma importante etapa social que era dançar, costume de todos os povos desde o início dos tempos.
Se você for mãe de um filho, ajude a reintroduzir a dança de salão nos clubes, nas festas e nas igrejas, para que homens aprendam a lidar com carinho com o corpo de uma mulher.
Se você for mãe de uma filha, devolva a ela a oportunidade que seus pais lhe deram, em vez de deixar sua filha surda, casada com um brutamontes, confuso e isensível idiota.
Stephen Kanitz é administrador por Harvard (www.kanitz.com.br)
Editora Abril, Revista Veja, edição 1877, ano 37, nº 43, 27 de outubro de 2004, página 22.

sábado, 16 de abril de 2011

ND, ed.09 - Dança de salão ou 8 maneiras de divertir sua Dama

Saudações dançantes!
Encontrei esse artigo numa dessas sessões de pesquisa na internet para o blog. Já abordamos alguns dos ritmos de que o autor fala, mas como o assunto é vasto, vale a abordagem.  Fotos e algumas referências foram retiradas. Para ver o artigo na íntegra, entre no site Papo de Homem.

DANÇA DE SALÃO OU 8 MANEIRAS DE DIVERTIR SUA DAMA
por Haroldo Lage, em 26/09/2007, publicado no site Papo de Homem

Vista sua melhor roupa, calce seu melhor sapato, acerte no perfume, afine os ouvidos, estufe o peito e convide aquela bela dama para um passeio pela pista.
Leve-a para um desfile pelo salão. Você que conduz, você que define a coreografia, seus braços e tronco mostram o caminho, mas é ela que brilha.
A dança de salão é uma atividade de Homem e de Mulher ou melhor ainda, de um Cavalheiro e uma Dama, sem machismos, feminismos ou outros idiotismos. Simples (e delicioso) assim.
Dança de Salão é somente para idosos? Reveja seus conceitos, meu caro
Vindo da nobreza européia que curtia principalmente a valsa, gerou, para nossa alegria, ritmos variados em diversos cantos do mundo como o Forró, Samba de Gafieira, Soltinho e Tango.
Dizem as lendas que a dança de salão é o caminho mais curto entre “desconhecida” e “abraçados com sua boca a 3 dedos da orelha da dama”.
Tudo com respeito é claro, o que menos se precisa num baile é de homens que não sabem tratar uma mulher como a dama que ela merece (o mesmo para as damas, mas isso tem se mostrado menos frequente).
Fazendo par com os 8 tempos que marcam a maioria dos ritmos da dança de salão, falarei sobre os principais 8 ritmos que possuem destaque no Brasil.
1. Bolero
Começemos com o Bolero. Seus avôs dançavam, seus pais dançavam, por que você dançaria? Pegue um clima mais romântico, bem no estilo dos gênios do romantismo já mencionados aqui no PdH, um passo básico gostoso de dançar agarradinho e falar besteiras no ouvido da dama e um repertório que permite fazer pequenos shows em momentos menos apegados.
Libere o brega romântico apaixonado e curta esse ritmo que além de muito agradável, serve de porta de entrada para muitos dançarimos de salão.
2. Tango
Vamos avançar para o Tango, que junto com o vinho foi provavelmente a melhor coisa que já veio da Argentina. Os hermanos do rio da Prata criaram esse estilo e são os melhores no gênero. Característico pelo porte, leveza dos passos, sutileza na condução e liberdade. Ao contrário da maioria dos outros estilos, não existe um “passo básico”, e é aí que reside sua maior beleza e sua maior fraqueza.
Nada de “sair com a direita”, “para frente com a esquerda”, muito antes pelo contrário, a liberdade é imensa. Essa liberdade é que assusta alguns iniciantes, mas não se acanhe e lembre-se que o estilo menos complicado de começar é aquele que você mais gosta.
3. Salsa
Seguindo a jornada, passemos por um estilo mais caliente, expansivo, alegre e descontraído. Que venha a Salsa! No Brasil conhecemos basicamente 2 estilos, a salsa Los Ângeles, que é mais dançada nos salões e a salsa de roda de casino, ou salsa Cubana, que lembra muito a nossa quadrilha de festa Junina com seus passos combinados e berrados em bom tom pelo comandante da roda, para o azar de sua parceira.
Parceira essa que de quando em vez recebe carta de alforria e se separa do parceiro para que ambos possam executar passos independentes conhecidos como “shines”. Muitos giros e energia explosiva, essa dança vale mais do que dezenas de aulas de aeróbica e centenas de terapia. Se tornou um dos meus favoritos, tamanha é sua energia.
4. Samba
Pulando para o estilo seguinte temos o querido Samba. Ponha seu melhor sorriso na cara, ligue o seu senso de malandro que só a vida no morro te dá e entre na pista, mesmo que você tenha sido criado pela avó até os 46 anos e nunca tenha se afastado dos bons costumes. Se entregue ao ritmo muito conhecido por nós. Seja sozinho, exibindo o samba no pé ou conduzindo a sua dama com firmeza numa gafieira doida.
É relativamente fácil encontrar bons sambistas no pé, mas poucos são os que dominam a arte de dançar com a dama. Não sabem o que estão perdendo, entre “ganchos”, “tranças”, “rodos” e “chicotes” eu passo a noite sem preocupações.
5. Valsa
Sigamos para Valsa que ao contrário dos demais estilos desse artigos, que são baseados em 4 tempos, a valsa e firmada nos 3 tempos. Esqueçam as festas de 15 anos e casamentos, a valsa vai bem além disso. Um dos mais populares estilos em danças de competição, onde os passos são milimetricamente estabelecidos, visando sempre a elegância e estilo.
No Brasil dançamos pela simples diversão e convenção social, mas na Europa é esporte e levado a sério. Como esporte, a valsa engatinha no Brasil (junto com outros estilos como quickstep, slow fox e outros), impulsionada por eventos como 1º Congresso Internacional de Dança Esportiva.
6. Soltinho
Outro velho conhecido é o Soltinho. Embora a dança, de origem brasuca, seja pouco difundida, é muito divertida de dançar. Filho direto do Rock europeu, ganhou ares mais brasileiros sem perder as origens. É um estilo mais descontraido, uma brincadeira no salão.
Com muitos giros e jogos de perna, é conhecido por Soltinho por não usar a posição clássica de dança de salão, isto é, mais colado com a dama, e sim algo que lembra (de longe) a posição da salsa, pois o contato é basicamente entre as mãos. É também o estilo que tem-se mais chance de se dançar em uma boate, isso se você conseguir espaço na pista.
7. Zouk
Avançando por outros terrenos temos o Zouk. “Sexo em pé”, “sexo de roupa”, “dança do acasalamento”, são alguns apelidos para esse filho sensual da lambada. Exageros a parte, esse é o estilo que mais permite uma sensualidade explícita (lembrando que sensualidade e vulgaridade são diferentes e distantes).
A batida é simples e direta, acompanhada por vocais muitas vezes em francês. Os movimentos da dança muitas vezes simulam uma pequena guerra dos sexos, mas pelo sorriso de quem dança, essa batalha vai longe. É um estilo que permite movimentos bem independentes do tronco e do quadril e é nessa liberdade que reside sua sensualidade. É um dos estilos que comecei a aprender por último e estou curtindo muito.
8. Forró
Forró, maior pagação de língua que já tive na dança. Sempre gostei de dançar, qualquer estilo, mas o forró foi o único para qual eu torcia o nariz. Considerava brega, meloso e anos depois me vi procurando lugar para dançar forró numa quarta feira. O ritmo é gostoso e simples, uma dança menos técnica, tudo isso por um motivo bem simples: uma música dançada com uma mocinha interessante faz a gente esquecer qualquer técnica.
Conclusão
Já me perguntaram qual estilo que eu gosto mais, confesso que a escolha é difícil, estou ainda tão maravilhado com esse mundo novo da dança que não tive tempo de gostar mais de um do que de outro.
Do Soltinho gosto da curtição e da festa, do Tango aprecio o porte e a condução, do Zouk me agrada a sensualidade e o movimento, do Bolero curto o clima e os passos, do Forró me empolgam o ritmo e o aconchego, da Salsa me diverte a alegria e energia, do Samba o gingado e as brincadeiras e da Valsa o porte e estilo. Fica dificil escolher!
Mas tudo bem, você gostou da idéia e quer aprender a dançar. Mas onde? Lugares de qualidade para aprender e praticar felizmente tem em toneladas pelo Brasil. 
Te vejo no salão!

ND, ed.08 - E, no balanço da agenda... o Baile do dia 09 de Abril

Saudações dançantes!
E estamos de volta, agora com as notícias do evento do último fim de semana. Se você esteve ligado na programação, soube que o professor Fábio, em parceria com a Academia Andança, realizou um Baile de Dança de Salão no último dia 09 de Abril de 2011. Foram convidados todos os alunos e amigos das quatro principais escolas de dança de salão da cidade: SESC Joinville, Academia Andança, Studio de Dança Dois Pra Lá Dois Pra Cá e Asgar. Conhecemos a diretoria da AJODS bem como os professores dessas escolas, que marcaram presença dançando.
Sentimos falta de alguns amigos e companheiros de dança. Esperamos que numa próxima oportunidade possam estar conosco. A seleção musical ficou por conta do Fábio, que reservou as músicas "Above the law" (bolero), interpretada por Barbra Streissand e Barry Gibb, e "Tudo certo ou tudo errado" (samba), da Paula Lima, para a apresentação dos professores. Confira os vídeos desse momento da festa e algumas fotos  disponibilizadas pela Miriam.

Vídeo 1: Bolero
Música: Above the law (Ashley Gibb), por Barbra Streissand e Barry Gibb.

Vídeo 2: Samba
Música: Tudo certo ou tudo errado, por Paula Lima.





Aqui, a turma que agitou o lado de lá do salão, como vimos pelas fotos anteriores, com o Prof. Fábio (à frente, no centro)

segunda-feira, 11 de abril de 2011

ND, ed.07 - E, no balanço da agenda... Anos 60

Saudações dançantes!
Eu sei, estamos atrasados com as notícias. Afinal, passaram-se já dois eventos importantes da nossa agenda de Abril e, até então, nem uma linha a respeito.Compensaremos. Como diz o Fábio: "Deixa, deixa... vai dar certo. Esperança!"
Então, mãos à obra.
Primeiramente, é fundamental comentar que nas últimas duas semanas as aulas tem sido bem agitadas. O clima estava quase como aquele de "revisão para a prova" dos tempos de colégio. É preciso tirar as teias de aranha dos passos de vez em quando... E não só por conta dos bailes previstos na agenda. É que o pessoal, finalmente, está retornando às aulas depois de prolongadas férias. [Já tínhamos falado desse fenômeno - quase uma síndrome de início de ano - em que as coisas somente começam a engrenar depois do carnaval...] O fato é que, sim, está acontecendo! É ótimo poder rever o pessoal e conhecer os novos alunos. Aliás, essa semana devo ter encontrado quase todos... Meus pés são testemunha dolorida do intensivo da semana somado ao Baile do dia 09.
Mas antes de chegar a este Baile, é preciso mencionar o evento anterior: a Festa dos Anos 60. Nos comentários no decorrer da semana, falou-se muito bem da festa de maneira geral. A AJODS, organizadora do evento, caprichou na produção com a decoração do salão remetendo ao período, por exemplo.
Ao mesmo tempo, quem esperava um repertório musical um pouco mais variado em se tratando de uma festa dos Anos 60 pode ter ficado um pouco decepcionado. É que o repertório parece ter ficado restrito a alguns estilos musicais, o que acabou restringindo a participação de parte do público presente, que esperava, por alguma razão, encontrar outros estilos na festa. Entretanto, a divulgação do evento no site da AJODS deixa bem claro que o repertório abrangeria rock anos 50, 60, 70, swing, soltinho, flashback, fox, entre outros.
Bem, como dizem, festa temática tem dessas coisas. Apesar de este período ser considerado um dos mais ricos em produção musical em gêneros como o bolero e o samba, parece que quando se fala em Anos 60 só se consegue lembrar do soltinho e afins. Esquece-se, por exemplo, que a Bossa Nova nasceu nesse período, que o bolero estava em alta e o samba... bem, o samba já estava mais do que consolidado na MPB. Exemplos? Essa pergunta é fácil. Veja uma pequena amostra de músicas, nacionais ou não, que fizeram sucesso em cada gênero nesse período:

  • Bolero: Castigo; La barca;; Perfume de Gardênia; Alguém me disse; Sonhar contigo; Ansiedad; Cuando calienta el sol; Que queres tu de mim; Sabor a mi; The shadow of your smile; Hoje.
  • Samba/Bossa Nova: Chiclete com banana; Insensatez; Na cadência do samba; Garota de Ipanema; Mas que nada; Balanço zona sul; Diz que fui por aí; Trem das onze; A Rita; Casa de bamba.
Referência Bibliográfica: 
Severiano, J. e Mello, Z. H. de. A canção no tempo: 85 anos de músicas brasileiras. vol.2: 1958-1985. 3a. ed. São Paulo: Editora 34, 1999.

terça-feira, 15 de março de 2011

ND, ed.06 - Uma pitada de samba, só pra começar...

Saudações dançantes!
Quem já vinha acompanhando as edições do ND, vai perceber que nosso Blog tem cada vez mais informações, além de ter aprimorado seu formato. Que se pode fazer? As contribuições tem sido muitas e estamos procurando disponibilizá-las da melhor forma possível. E toda sugestão é bem-vinda!

A semana do carnaval, sinto dizer, foi premiada com chuva. É. De novo. Não é à toa que Joinville tem fama de ser a "primeira chuva à esquerda, depois de Curitiba"... :-)
Na quinta-feira, o Fábio teve dificuldades de ir para casa depois da aula. Há alguns dias, o treino na Clínica e aquela esticadinha de depois da aula no Capitão Space também acabaram por ser cancelados. Esperamos que esse quadro não se repita muito mais. Não atrapalha somente a nossa agenda, mas também causa transtornos em toda a cidade...
Mas a notícia boa é que o Carnaval finalmente passou. Isso significa que entraremos agora num ritmo mais constante nas aulas. Esperamos também rever nos próximos dias nossos colegas de curso que ainda não retornaram às aulas e aumentar nosso grupo de amigos com aqueles que querem ingressar nas aulas de Dança de Salão. Sejam todos muito bem-vindos!



E, aproveitando a deixa do Carnaval, falemos de Samba. Muitas são as coisas que se diz do samba nas letras das canções. A que tem me perseguido nas últimas semanas é de uma composição de Paulo Cesar Pinheiro e Lisa Ono chamada "O samba". A gravação que conheço é de 1991, do álbum "Sambas da minha terra", do MPB-4, recentemente resgatado em MP3 (a versão que eu tenho é em LP). Diz a letra:

Quando alguém puxa o samba, logo a roda se fecha.
Não há quem não batuque, não há quem não se mexa.
Olha a perna do gringo - mexe o corpo da gueixa.
Quando alguém puxa o samba, logo a roda se fecha.
Só quem não é do samba e do samba se queixa.
Mas na roda de samba, de sambar ninguém deixa.

Brasil, chão de samba, você já tem patente,
Não há quem tire o samba do coração da gente.

Confira a seguir uma reportagem veiculada na edição online da revista Época. Uma pitada de história desse gênero musical, só pra começar essa conversa...
Um grande abraço, Bianca.


A HISTÓRIA DO SAMBA

Saiba mais sobre o gênero que se transformou em identidade nacional e sofreu influências de diversos ritmos. Por Graziela Salomão, para a Revista Época Online


O samba, como conhecemos atualmente, tem origem afro-baiana, temperado com misturas cariocas. Nasceu da influência de ritmos africanos, adaptados para a realidade dos escravos brasileiros e, ao longo do tempo, sofreu inúmeras transformações de caráter social, econômico e musical até atingir as características conhecidas hoje.
O gênero, descendente do lundu (canto e dança populares no Brasil do século XVIII), começou como dança de roda originada em Angola e trazida pelos escravos, principalmente para a região da Bahia. Também conhecido por umbigada ou batuque, consistia em um dançarino no centro de uma roda, que dançava ao som de palmas, coro e objetos de percussão e dava uma ''umbigada'' em outro companheiro da roda, convidando-o a entrar no meio do círculo.
Com a transferência, no meio do século XIX, da mão-de-obra escrava da Bahia para o Vale do Paraíba e, logo após, o declínio da produção de café e a abolição da escravatura, os negros deslocaram-se em direção a capital do país, Rio de Janeiro.
Instalados nos bairros cariocas de Gamboa e Saúde, eles dariam início à divulgação dos ritmos africanos na Corte. Eram nas casas das tias baianas, como Amélia, Ciata e Prisciliana, que aconteciam as festas de terreiro, as umbigadas e as marcações de capoeira ao som de batuques e pandeiros. Essas manifestações culturais propiciariam, conseqüentemente, a incorporação de características de outros gêneros cultivados na cidade, como a polca, o maxixe e o xote. O samba carioca urbano ganha a cara e os ritmos conhecidos.
Em 1917 foi gravado em disco o primeiro samba chamado ''Pelo Telefone''. A música, de autoria reivindicada por Donga (Ernesto dos Santos), geraria polêmica uma vez que, naquele tempo, a composição era feita em conjunto. Essa canção, por exemplo, foi criada numa roda de partido alto (pessoas que partilhavam dos antigos conhecimentos do samba e designava música de alta qualidade), do qual também participaram Mauro de Almeida e Sinhô (José Barbosa da Silva), que se auto-intitulou ''o rei do samba''.
Após a primeira gravação, o samba conquistaria o mercado fonográfico e, com a inauguração do rádio em 1922 - único veículo de comunicação em massa até então -, alcançaria as classes médias cariocas. O novo estilo seria, ainda, abraçado e redimensionado por filhos de classe média, como o ex-estudante de Medicina Noel Rosa e o ex-estudante de Direito, Ari Barroso, através de obras memoráveis como ''Tarzan, o filho do alfaite'' e ''Aquarela do Brasil''.
O advento do rádio ainda transformaria nomes como Francisco Alves, Orlando Silva e Carmen Miranda em grandes ídolos do samba.

As escolas de samba do Rio de Janeiro
Entre as décadas de 20 e 30, o gênero ganharia muitas variações tais como o samba-enredo, o samba-choro e o samba-canção. É desse período, também, o surgimento dos sambas criados para os grandes blocos de Carnaval. A primeira escola de samba surgiria em 1929 no Estácio - tradicional bairro de boêmios e da malandragem da cidade. Chamada de 'Deixa Falar', fez sua primeira aparição na Praça Onze como um bloco de corda e inovava no ritmo: a nova batida era capaz de contagiar qualquer folião, diferentemente dos sons anteriores mais monótonos.
No ano seguinte, novas cinco escolas surgiriam para participar do desfile na Praça Onze: a ''Cada Ano Sai Melhor'' (do Morro de São Carlos), a ''Estação Primeira de Mangueira'', a ''Vai como Pode'' (atual Portela), a ''Para o Ano Sai Melhor'' (do Estácio) e a ''Vizinha Faladeira'' (das redondezas da Praça Onze). Com a repercussão do gênero, a cada ano surgiam mais escolas para participar dos desfiles de Carnaval.

As transformações do samba
O gênero que conquistou o título de identidade do Brasil dentro do país e no exterior, também cativou muitos adeptos no cenário artístico. Cada um deles deu sua contribuição ao estilo, surgindo diferente ramificações do tradicional samba.
O baiano Dorival Caymmi emprestou um pouco do seu refinamento às canções enquanto o também conterrâneo Batatinha incorporaria seu sotaque regional a enredos tristes. O paulistano Adoniran Barbosa encheria suas músicas com seu humor sarcástico enquanto o gaúcho Lupicínio Rodrigues, influenciado pelo bolero, trataria de temas sentimentais em suas composições. O samba ganharia, em cada região e com cada intérprete ou compositor, uma característica particular.
A influência cultural americana, logo após a Segunda Grande Guerra, também repercutiria no gênero. Com um modo diferente de dividir o fraseado do samba e inspirados no impressionismo do jazz e do erudito, surgiria através de João Gilberto e Tom Jobim a bossa nova nos anos 50. O novo estilo ganharia repercussão internacional. Dissidências internas desse grupo ainda propiciariam o surgimento dos afro-sambas de Baden Powell e Vinicius de Moraes.
Uma corrente mais popular faria ressurgir o samba tradicional do morro no final da década de 60 nas vozes de Cartola, Nelson Cavaquinho e, mais adiante, Candeia, Chico Buarque de Holanda e Paulinho da Viola. Este mesclou o estilo ao choro e se transformaria em um ícone do samba tradicional para a corrente mais vanguardista até hoje.
Outro grande nome do samba é Martinho da Vila que, além de popularizar o partido-alto, revalorizou os sambas-enredos para o mercado musical. O samba-reggae, com toadas do rhythm & blues americano teria em Jorge Bem seu criador e divulgador.
Nos anos 70, três divas do samba lançariam seus nomes na história do gênero: Alcione, Beth Carvalho e Clara Nunes. Os anos 80 destacariam o movimento do pagode, com um ritmo pontuado pelo banjo e pela percussão do tantan, com nomes como Zeca Pagodinho e o grupo Fundo de Quintal. O samba-pop da década de 90 também se auto-intularia pagode e produziria grupos em grande escala não muito próximos do samba de raiz.
No final da década de 90, o antigo samba seria revalorizado com nomes de grandes artistas do gênero como Nelson Sargento, Wilson das Neves e as Velhas Guardas da Portela e da Mangueira.

Radiografia do Samba
Os estilos que influenciaram o gênero, segundo Mário de Andrade
Samba: Dança de salão ou de roda acompanhada de canto e dançarinos
Lundu: Canto e dança muito populares no Brasil do século XVIII originária dos escravos de Angola
Maxixe: Canto e dança populares no país no final do século XIX e início do XX. É uma mistura da habanera e da polca
Modinha: Canto de salão conhecido tanto no Brasil quanto em Portugal
Choro: Formado por pequenos grupos de instrumentos solistas



O Primeiro Samba: Pelo Telefone (1917)