Destaque da semana

Muito "tum-e-tum", "rápido-rápido-lento", "vai-e-volta", "atrás-à frente-1-2-3"...
Participe com comentários, sugestões, dicas, artigos, etc.

terça-feira, 10 de maio de 2011

ND, ed.12 - Os pares na Dança de Salão

Saudações dançantes!
Na última semana tivemos o Dia Internacional da Dança. Em Joinville houve programação especial, inclusive com apresentação de um Flash Mob na Via Gastronômica. Para ver os detalhes desse dia, fotos e vídeos, acesse Cidade da Dança.
E na 6a feira, 06 de maio, fomos conferir mais um novo local com possibilidade de se praticar Dança de Salão. É a "Choperia Capim Teimoso", que fica na Rua Rio do Sul, 404. Com ambiente muito agradável e aconchegante, nas 6as feiras tem música ao vivo a cargo do nosso conhecido parceiro Cleiton, presente às 2as e 4as feiras no já badalado Capitão Space. Vale conferir o novo espaço!

OS PARES NA DANÇA DE SALÃO
por Bianca P. Gossen
Você já parou para pensar que quando se fala em Dança de Salão, estamos sempre pensando em pares? E não me refiro apenas àquele par óbvio: cavalheiro e dama. Claro, este par é fundamental, pois Dança de Salão subentende o par dançante. Entretanto, se paramos para analisar, existem outros tantos pares nos rodeando - e, muitas vezes, nos assombrando, por assim dizer...
Imagine-se em uma situação assim: você está começando a frequentar as aulas de Dança de Salão e o professor larga aquela pergunta aparentemente simples, depois do aquecimento: "Gente, que ritmo é esse?" Acontece que você quase nada sabe sobre o assunto, e o primeiro par já vem assombrar sua mal começada vida de aluno de dança: a música e o ritmo que se pode dançar com ela. Depois desse, temos o par passo básico e o tempo forte da música. Quem, de vez em quando não se atrapalha em colocar o tempo forte no lugar certo do passo básico? Ainda mais, se estivermos dançando Bolero, por exemplo, que tem dois passos básicos e em cada um o tempo forte fica num lugar diferente... Ah, e qual é o tempo forte, mesmo? Temos aí mais um par: a música e seu tempo forte. E por aí vai.
Penso que o par que mais assombra a todos, damas e cavalheiros, é condução do homem e resposta da dama. E a explicação para isso é simples: estamos dançando a dois! E para que isso aconteça de forma harmoniosa, não basta - infelizmente - que cada um saiba o caminho do passo básico e das figuras de cada ritmo. É preciso que se saiba como começar o passo básico, como começar cada figura, no caso do cavalheiro. O cavalheiro aprende a conduzir a dama na dança e levá-la a executar as figuras. E à dama, cabe compreender esses comandos. "Não tem milagre, não!", como diz nosso professor. Não teria cabimento, por exemplo, o cavalheiro sair "cantando" a sequencia que deseja fazer: "Agora, eu vou sair... Presta atenção! Agora vamos fazer o giro simples... Agora, volte para o básico, depois fazemos 'aquele' passo, certo?" Já pensou a confusão? E o momento de diversão, entrosamento e harmonia que a dança proporciona onde ficariam?
E ninguém disse que era fácil. Pelo contrário. É muita coisa para se equacionar. Imagine só: primeiro, o cavalheiro reconhece na música o ritmo que vai dançar. Em seguida, localiza o tempo forte e começa o passo básico daquele ritmo colocando o tempo forte no lugar certo. Depois, busca na memória as figuras que conhece e procura encaixá-las na dança, sendo que, todo esse tempo, ele tem que indicar para a dama o que ele pretende fazer sem falar absolutamente nada! Toda a comunicação está na posição do tronco, no movimento dos braços - principalmente o braço direito dele em volta das costas da dama. Ou seja, o seu corpo, através das posições que assume, fala à dama e esta, por sua vez, estando atenta a estes sinas tem a tarefa de responder a eles de forma que a dança evolua.
Essas considerações não pretendem, absolutamente, desencorajar aqueles - cavalheiros ou damas - que estão ou querem começar a praticar a Dança de Salão. Ao contrário, a idéia é lembrar a todos daquele mais que batido ditado "a prática é que leva à perfeição". Cada um de nós, cavalheiros e damas, temos nosso lugar nesse par dançante. Somos um conjunto, uma "dupla de dois", que dança junto. E dançar junto significa comunicar-se com o outro. Invariavelmente, essa comunicação necessita de prática. É preciso treinar junto, ser compreensivo e paciente com o parceiro, auxiliar no estabelecimento desta comunicação. Quando um movimento não acontece, significa que a comunicação não está funcionando. Falta condução? Não se entende a condução? Não desista! Persista. Persevere. Pare, pense, repita o movimento. Treine. Enfim: dance! Quanto mais se dança - e não só com o mesmo parceiro(a) - mais se aperfeiçoa essa linguagem corporal fundamental na dança a dois! Então, dançar não apenas ficará bonito e bem feito. Melhor: será sempre - e principalmente - prazeroso!

Nenhum comentário:

Postar um comentário